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08/02/2016 01:30

Ganhadeiras de Itapuã, Zezé Motta, Alexandre Leão e reggae foram destaques do domingo de carnaval do Pelô

Ganhadeiras de Itapuã
Foto: Sidney Rocha

O Pelourinho foi mais uma vez cenário de grandes emoções neste domingo de carnaval, com encontros históricos, misturas inusitadas, e ainda o balanço vibrante e incomparável do reggae, criando uma vibe de diversão e harmonia que envolveu a todos os foliões. O Carnaval do Pelô integra a programação do Carnaval da Cultura do Governo do Estado da Bahia, realizado pela Secretaria de Cultura (SecultBA) através do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI).

A folia no palco principal da festa, no Largo do Pelourinho, teve um início impactante que já entrou para a história do Carnaval do Pelô. Juntas no palco, as Ganhadeiras de Itapuã, a cantora baiana Aiace Félix, e a atriz e cantora Zezé Motta, trouxeram um repertório que exaltou a mulher negra e o empoderamento feminino, representados através da figura de Chica da Silva, símbolo histórico que foi representado pela própria Zezé no cinema em um clássico de 1976. No repertório, títulos como como Maracangalha, Vatapá, Ê Baiana, Filho da Bahia, Mas que nada, além de Xica da Silva, composta por Jorge Ben, que reuniu o grupo e as duas intérpretes no palco. O grande final fez o público ir ao delírio, e as célebres participantes do show retornaram para um bis. Para a presidente das Ganhadeiras, dona Maria Hermelina, foi um grande orgulho participar da festa em Salvador representando o bairro Itapuã. “Hoje divido o palco com minha neta e bisneta, levando essa mensagem de respeito à mulher, então, isso para mim é uma grande alegria”, comentou.

Em seguida foi a vez de Alexandre Leão, Targino Gondim e Moreno Veloso levarem ao palco o show Vestido de Prata, que uniu os diferentes estilos dos três artistas e recordou clássicos do carnaval. Deusa do amor, Vestido de prata, Chão da praça, Lambada de delícia, Massa real e Na Ilha grande foram algumas das canções que foram tocadas com arranjos que convergiram a sonoridade de cada artista.

A folia do palco principal terminou ao som de Dionorina, um dos cantores mais prestigiados do gênero hoje que trouxe um show com sucessos seus e do reggae mundial. A Banda Cativeiro foi a convidada do reggaeman.

O reggae também estava em alta no largo Tereza Batista, onde o folião curtiu o som de Sine Calmon, que com a sua banda Morrão Fumegante relembrou clássicos da carreira, como ‘Fogo na Babilônia’ e ‘Nayambing Blues’ (também conhecida como “trem do amor”).  Mas antes de se tornar praça do reggae, o largo Tereza Batista havia sido palco para o samba durante a tarde, com o samba de roda da Quixabeira da Lagoa de Camisa e do repertório de Clecya Queiroz, e ainda a apresentação do grupo Negros de Fé. Ainda rolou o segundo dia do projeto Praça do Frevo Elétrico, comandado por Carlos Pitta & Bando Anunciador.

No Largo Pedro Archanjo, o espetáculo infantil PUMM – Por um Mundo Melhor encantou os pequeninos e fez adultos voltarem a se sentir como crianças, em uma apresentação cheia de fantasia, música, brincadeiras e muita diversão. Depois foi a vez da Orquestra Zeca Freitas comandar uma homenagem ao samba com clima de bailinho de carnaval. E a banda Skanibais concluiu a programação com o seu som diferenciado, repleto de infuências desde o ska jamaicano e reggae até o jazz e o blues.

Já no Largo Quincas Berro D’Água, imperou o samba, mas também teve espaço para o axé. O Samba Chula de São Braz começou o dia dando um trazendo a espontaneidade e tradição do samba de roda em um belo espetáculo musical e cultural. Em seguida foi a vez de Missinho, um dos primeiros puxadores de trio elétrico da Bahia e ex-integrante da banda Chiclete com Banana, trazer sucessos de sua carreira, como No Lume da Fogueira, Doce Feito Mel e Mistérios das Estrelas. Mas o samba logo estava de volta, com os shows da banda Samba Maria, que apresentou uma nova formação, e da cantora Maryzélia, que agitou a praça lotada.

                                                                                                        

CARNAVAL DA CULTURA

O Carnaval da Cultura 2016 é o carnaval da democracia e da diversidade, que leva para as ruas, durante todos os dias e circuitos da folia, a mistura de ritmos e gêneros musicais e, principalmente, a estética e a arte de diferentes artistas, grupos e entidades culturais da Bahia. São centenas de atrações e shows gratuitos de afoxé, samba, reggae, axé, pop, MPB, fanfarras e muito mais. É diversão garantida para todos os gostos e estilos no espaço público da rua para alegria do folião. O Carnaval da Cultura – uma realização da Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, por meio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) –está organizado a partir de quatro programas: Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro, Carnaval Pipoca e Outros Carnavais. A programação completa de nossa festa está disponível nos sites www.cultura.ba.gov.br e www.carnaval.bahia.com.br.

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