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03/10/2017 07:10

Muzenza convida Chico César e Saulo no Concha Negra

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No dia 8 de outubro (domingo), a segunda edição do Concha Negra será comandada pelo bloco afro Muzenza, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), às 18h. O espetáculo terá como convidados especiais os cantores Chico César e Saulo, além de abertura com desfile de moda de N Black e AfroBapho. Iniciativa do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), através do próprio TCA e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), e em alinhamento com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), o projeto garante o lugar da música afro-baiana na programação mensal deste que é o maior complexo cultural da Bahia. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e podem ser adquiridos no site www.ingressorapido.com.br, na bilheteria do Teatro Castro Alves ou nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista.

O Muzenza Grêmio Recreativo e Cultural surgiu no bairro da Liberdade, em 5 de maio de 1981, como um tributo a Bob Marley. A inspiração vem deste legado cultural afro-jamaicano e suas mensagens libertárias que invadiram o Brasil nos anos 1980, aproximando os afro-baianos desta realidade similar. Muzenza é um termo de origem bantu-kikongo, significa Yaô do Nagôs, nome dado aos iniciados no candomblé de linha de Angola. Os primeiros momentos do bloco revelaram um afro cantado, que busca emergir um mundo acessível e visível às comunidades carentes de Salvador e em defesa do povo negro. Traz uma mensagem libertária que, no carnaval, explode o reggae nas ruas com sua banda percussiva que varia em ritmos que fundem elementos do suingue afro-baiano ao reggae jamaicano, criando o samba-reggae. Na categoria de bloco afro, demonstra sua força enquanto entidade que preserva sua origem.

Conhecido nacional e internacionalmente pela sua arte, também teve algumas de suas músicas gravadas por renomados artistas como Daniela Mercury (“Swing da cor”), Margareth Menezes (“Povo vem ver”), Carlinhos Brown (“Rumpillé”), Gilberto Gil e Gal Costa (“Brilho e Beleza”). Ultrapassando as fronteiras do carnaval e de movimentações folclóricas, o Muzenza desenvolve um trabalho socioeducativo em parceria com o Projeto Axé, a Fundação da Criança e do Adolescente da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (FUNDAC/SETRE) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), oferecendo oficinas de formação e profissionalização para jovens.

Convidados – O paraibano Chico César é considerado um dos mais importante poetas, compositores e músicos da cultura genuinamente brasileira, misturando a riqueza dos ritmos do Nordeste a sonoridades universais. Suas músicas foram gravadas por artistas como Elba Ramalho, Daniela Mercury, Zizi Possi, Rita Ribeiro, Emílio Santiago, Ivan Lins, Sting, Maria Bethânia e Gal Costa. Seu nono CD e terceiro DVD, “Estado De Poesia Ao Vivo”, foi lançado neste ano de 2017. Tornou-se nacional e internacionalmente conhecido em 1996 pela canção “Mama África”. Em 2001, criou o Instituto Cultural Casa do Béradêro, uma associação sem fins lucrativos, localizada em Catolé do Rocha, sertão da Paraíba, que busca democratizar o acesso à cultura e desenvolver a cidadania de crianças, adolescentes e jovens. Além da carreira artística, Chico César foi presidente da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e secretário de Cultura do Estado da Paraíba.

O baiano Saulo, reconhecido pelo seu trabalho vinculado às raízes, riquezas e ritmos musicais da Bahia, lançou, neste ano, seu terceiro trabalho solo, “O Azul e o Sol”. Envolvido com a música desde a infância, criou a Banda Chica Fé no início dos anos 2000 e, em 2002, assumiu o comando da Banda Eva, onde permaneceu por 11 anos, tendo gravado seis CDs e três DVDs, além de ganhado prêmios de reconhecimento nacional. Em carreira solo desde 2013, tem uma trajetória consolidada em todo o país, exaltando a baianidade com forte influência da música africana.

Já na Janela Baiana, na abertura do evento, N Black e AfroBapho se unem num desfile de moda. A N Black, marca de roupas e acessórios afro e unissex, foi idealizada e criada por Najara Black, em 2005. Faz moda para todos que se identificam como e com negros e afrodescendentes, elevando a autoestima, empoderando e dando sentido de pertencimento a essas pessoas. Numa linha contemporânea, despojada, ousada, estilosa e com bastante atitude, N Black já assinou figurino para bandas e artistas de Salvador, como Márcio Victor (Psirico), Falcão da banda Guig Ghetto, Peu Meurray, Magary Lord, entre outros. O AfroBapho foi criado em 2015, com o objetivo de transmitir mensagens e informações de pautas na intersecção entre raça, gênero e sexualidade, a partir das artes integradas. Formado por jovens negros LGBT, o coletivo se tornou um grande destaque de ARTvismo. Aborda, numa perspectiva antirracista, questões de estética, dissidências de sexualidade e gênero. Em 2016, firmou uma parceria com a Anistia Internacional Brasil, a fim de ajudar no desenvolvimento da campanha “Jovem Negro Vivo”, discutindo racismo institucional, violência policial e formas de empoderamento.

CONCHA NEGRA – O projeto Concha Negra se compromete a fomentar a diversidade cultural da Bahia, suas tradições e patrimônios. O incentivo a mais um canal de visibilidade e acesso à música afro-baiana se alinha a políticas que reconhecem a cidadania cultural e a afirmação de identidades, combatendo preconceitos e valorizando a expressão das variadas manifestações humanas. A primeira etapa do projeto foi iniciada em 17 de setembro, com show dos Filhos de Gandhy, e segue por um semestre até o mês de fevereiro. Depois de Muzenza, completam a lista: Ilê Aiyê (19 de novembro), Cortejo Afro (17 de dezembro), Olodum (7 de janeiro) e Malê Debalê (4 de fevereiro). Além das apresentações principais, cada espetáculo terá a participação de pelo menos um convidado especial e também uma abertura com o Janela Baiana, ação continuada da SecultBA que abre espaço para artistas ou grupos emergentes da Bahia nos eventos da Concha.

Serviço:

Concha Negra – Muzenza com participação especial de Chico César e Saulo

Data: 8 de outubro (domingo), 18h
Local: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Valor: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

VENDAS
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista ou pelo site www.ingressorapido.com.br.

MEIA ENTRADA
A concessão da meia-entrada é assegurada em 40% do total dos ingressos disponíveis para o evento. Estejam atentos! O Teatro Castro Alves cumpre a Lei Federal 12.933 de 29/12/2013, que determina que a comprovação do benefício de meia-entrada é obrigatória para aqueles que gozam deste direito. Estudantes devem apresentar a Carteira de Identificação Estudantil (CIE), não sendo aceitos outros documentos.
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