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19/01/2018 11:10

Malê Debalê encerra primeira temporada do Concha Negra

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É o Malê Debalê que terá a honra de encerrar a primeira temporada do Concha Negra, projeto que, em edições mensais no último semestre, vem garantindo o lugar da música afro-baiana na programação do Complexo do Teatro Castro Alves (TCA), maior equipamento cultural da Bahia.

O show está marcado para o dia 4 de fevereiro (domingo), às 18h, na Concha Acústica do TCA, com participações especiais de Mariene de Castro e Ellen Oléria, além da abertura com As Ganhadeiras de Itapuã. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e estarão à venda a partir deste sábado (20), na bilheteria do TCA, nos SACs dos shoppings Barra e Bela Vista e no site Ingresso Rápido.

O Concha Negra é uma iniciativa do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), através do próprio TCA e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), e em alinhamento com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

História – Fundado em 1979, o Malê Debalê nasceu de um grupo de moradores de Itapuã que desejavam ver o bairro representado no carnaval de Salvador. O bloco, hoje com 4 mil integrantes, tem na dança e na música um elo forte com as tradições herdadas da cultura afro, mescladas com o viver popular e a subjetividade coletiva e contemporânea da comunidade praieira.

A bateria, totalmente acústica, é composta de 150 percussionistas e quatro maestros. São ainda 19 alas de dança, num total de 1,5 mil dançarinos, o que fez o jornal The New York Times conceder-lhes o título de “o maior balé afro do mundo”. Seu espetáculo é reconhecido como uma das mais autênticas representações da cultura negra baiana, traduzindo a simbologia da afrodescendência e o imaginário da sua origem. Por isso, já representou o Brasil em festivais no México, Europa, África e Estados Unidos.

O nome do bloco é uma homenagem aos Malês, da mais célebre revolta escrava nas ruas de Salvador, ocorrida em 25 de janeiro de 1835: a Revolta dos Malês. Eram negros muçulmanos, que lutaram contra o processo de escravidão. O Malê Debalê considera uma missão não apenas contar esta história, mas, principalmente, se tornar um outro exemplo de resistência à dominação.

Concha Negra – O Concha Negra busca fomentar a diversidade cultural da Bahia, suas tradições e patrimônios. A primeira etapa do projeto foi iniciada em setembro, com show dos Filhos de Gandhy, em seguida com o Muzenza, em outubro, Ilê Aiyê, em novembro, Cortejo Afro, e em dezembro, Olodum, até chegar ao Malê Debalê, em fevereiro.

Além das apresentações principais, cada espetáculo tem a participação de pelo menos um convidado especial e também uma abertura com intervenções de outras linguagens artísticas, como teatro, dança e moda.

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