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23/08/2019 09:40

Projeto Ritmos e Ritos Populares da Bahia abre passagem para o Agosto da Cultura Popular


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Foto: Lucas Rosário / ASCOM SecultBA


Como parte das comemorações do Dia da Cultura Popular, celebrado nesta quinta-feira (22), o Museu Eugênio Teixeira Leal, com apoio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) da SecultBA, abriu durante a tarde o projeto Ritmos e Ritos Populares da Bahia. A ação, que conta com uma exposição com o mesmo nome, integra o Agosto da Cultura Popular.

Eliene Bina, diretora do Museu Eugênio Teixeira Leal, abriu a conferência no Cineteatro Góes Calmon apresentando um panorama das últimas cinco edições do evento, destacando que nesta sexta edição, conta com a parceria da Secretaria de Cultura. A mesa foi composta por Eliene, André Reis (diretor do CCPI), além de Thelma Chase e Cassi Ladi, também do CCPI. "Se reunir para falar de cultura popular em momentos como nesta conferência é importante. O CCPI é responsável pela valorização das manifestações populares e, aliado a isso, temos em nossa programação a valorização da cultura indígena, cigana, africana, e também abraçamos a cultura do idoso", disse André Reis, numa fala sobre o papel do Centro na estrutura da SecultBA.

Esta edição marca o retorno do Ritmos e Ritos Populares da Bahia, do Museu Eugênio Teixeira Leal, após um hiato de 10 anos (a última havia ocorrido em 2009). O projeto foi criado em 2001 pela diretora Eliene Bina, no seu primeiro ano à frente do museu. “Por meio da parceria com a Secult, o projeto está retornando está com uma proporção muito maior do que tinha antes, com mais diversidade de ações. Um dos aspectos mais importantes é o fortalecimento e divulgação das genuínas expressões da cultura popular produzidas e preservadas por diversos grupos. Expressões que fazem parte do cotidiano destas comunidades que tem a maior alegria em se ver aqui representadas”, destaca a diretora. "Esse projeto dentro de um museu visa intensificar a realização de ações socioeducativas e culturais para públicos de diferentes faixas etárias, para qualquer nível de escolaridade e classes sociais, para também descontruir a ideia de que museu seria algo restrito a uma elite", finaliza.

 
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Foto: Lucas Rosário / ASCOM SecultBA


Em segundo momento a mesa foi composta por Zezão Castro e Antônio Barreto que apresentaram em forma de Cordel. Zezão e Barreto fizeram um divertido bate papo com poesia, cordel. Entre prosas e versos os cordelistas contaram as suas trajetórias de vida enquanto manifestação popular.

Ritmos e Ritos Populares da Bahia é também o tema da exposição de indumentárias que foi aberta para visitação no museu, trazendo 51 peças que foram adquiridas em parceria com as prefeituras e grupos de cultura popular do interior do estado. A mostra permanece em cartaz até 27 de setembro.

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Foto: Lucas Rosário / ASCOM SecultBA


Agosto da Cultura Popular – Na sexta (23), às 10h, o Cineteatro Góes Calmon apresenta uma Mostra de filmes de Capoeira, onde serão exibidos “Batatinha e o Samba Oculto da Bahia” e “Mestre João Pequeno de Pastinha”, de Pedro Abib, que estará presente para o debate. Também às 10h, na área da Biblioteca Innocêncio Calmon, localizada no museu, será executada a Oficina de Parlendas, com a facilitadora, Jéssica Jefoni. Às 14h, o Museu Eugênio Teixeira Leal receberá novamente o jornalista Zezão Castro para apresentar o seu documentário Mandioca – Raiz Brasileira.

Às 15h, é hora da roda de conversa com Emíllia Biancardi, Wayra Silveira e Sue Ribeiro, sobre a Cultura Popular Tradicional, no Cineteatro Gés Calmon. Finalizando a programação do segundo dia, a autora Wayara Silveira promoverá o lançamento do livro ‘Cantigas de um Baile Pastoril’, às 18h.

Já na sede do CCPI, às 17h, tem o lançamento da exposição “AFRO BARROCO”, do fotógrafo Jomar Lima. O ensaio fotográfico reflete a atualidade vivida dentro de Cachoeira, uma cidade secular que preserva elementos seculares também. Realizado na Ordem Terceira do Carmo, uma capela para abrigar as orações de religiosos e leigos, este ensaio traz em sua composição as religiosas do Candomblé e o espaço católico. As visitações, no Foyer Lina Bon Bardi, ficam abertas até 05 de setembro.

No sábado (24) a programação do Museu Eugênio Teixeira Leal inicia com duas sessões do Documentário ‘História Oral’, que apresenta depoimentos dos grupos folclóricos doadores do acervo. A primeira sessão acontece às 10h e a outra com inicio às 14h. Já a agitação no Centro Histórico aparece com muita representação cultural.

Nas ruas, a cultura toma conta a partir das 15h, com os Sussurros de Cordel encantando aos ouvidos e olhos dos visitantes do Pelô.

Domingo (25), às 10h, acontecerá mais uma exibição do documentário ‘História Oral’, no Cineteatro Góes Calmon. E às 13h, o Largo Quincas Berro D’Água recebe a festa ‘Feita no Pelô’, sob comando de J Velloso e Luciano Salvador Bahia. O evento contará com um cortejo cultural pelas ruas do Pelourinho puxado pelo grupo Os Congos (Cairu – BA), manifestação cultural que representa o negro africano. A abertura do show será feita pelo cordelista Kitute Coelho (Irará – BA), e após isso, Luciano Salvador Bahia, J. Velloso e a Banda Coisa de Baiano receberão as bandas Batifun (Salvador – BA) e Recôncavo Experimental (Santo Amaro – BA), além do cantor e compositor Raimundo Sodré (Ipirá – BA). A entrada será mediante a doação de um pacote de leite em pó para a Instituição Beneficente Conceição Macêdo, ONG que cuida de crianças portadoras de HIV

Prosseguindo a programação, nos dias 27 e 28, às 10h, será ministrada na sede do CCPI, em parceria com o Sesc, a Oficina de Cerâmica, nas modalidades Torno e Escultórica.

Também no CCPI, na última quinzena de agosto será exibido, na sala de audioviual, o documentário "Que fale Santo Amaro – Em busca da verdade sobre a dança do Maculelê”. O vídeo tem duração de 38 minutos e possui Direção Geral da Etnomusicóloga e Folclorista Emília Biancardi e contou com apoio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia. A ação é gratuita, mas necessita de agendamento. Telefone para contato 3103-3358.

De 27 de agosto a 24 de setembro, sempre das terças aos sábados, às 10h ou às 15h, no Museu Eugênio Teixeira Leal, acontece a exibição do vídeo ‘Bahia Singular e Plural’, produzido pelo IRDEB.

Já nas segundas e quintas, a expressão cultural que mistura arte marcial, esporte, cultura popular, dança e música, será ministrada pelo Mestre Raimundo Noronha na Oficina de Capoeira Angola. Sempre às 16h, no Largo Tereza Batista.
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