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02/03/2020 15:30

Carnaval Ouro Negro fortalece entidades de matriz africana nos três circuitos da folia

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Foto: Rebeca Thais

Durante os seis dias do carnaval oficial de Salvador, 49 entidades de matriz africana desfilaram nos três circuitos da folia (Osmar, Dodô e Batatinha). Elas tiveram apoio do Carnaval Ouro Negro - projeto de fomento gerido pelas secretarias de Cultura (SecultBA) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

No carnaval de 2020, o Ouro Negro investiu mais de R$ 3.8 milhões de reais como subsídios para o apoio de agremiações de matriz africana. Os blocos de samba que dominam a quinta e a sexta na Avenida, como Alerta Geral, Pagode Total, Alvorada, Vem Sambar e o Samba Popular; as danças e os toques dos afro mais conhecidos no mundo como Olodum, Didá, Cortejo Afro e o afro Muzenza e o tapete branco da Avenida do Filho de Gandhy foram algumas das entidades contempladas.

Além destas, entidades de reggae, percussão e sopro e afoxés, inclusive os que desfilam no circuito Batatinha também foram contemplados. Relíquias Africanas, Templo dos Orixas, Afoxé Laroye Arriba, Filhos de Korin, Bloco Rodopio, Ginga Negro, Tambores das Cores foram algumas das entidades. Essa atuação visa a preservação e valorização da presença destes blocos, com o desfile em alas e roupas tradicionais, assim como a maior participação da juventude, transmitindo o legado para as novas gerações.

"Hoje nosso carnaval só conta com apoio do Ouro Negro", comentou Marcelo Araujo, diretor do.bloco Rodopiô. Comentário semelhante ao do compositor e cantor do Bloco da Capoeira, Tonho Matéria: "Meus agradecimentos ao Ouro Negro que viabiliza o desfile do Bloco da Capoeira e de outras entidades negras do Carnaval de Salvador" desabafa durante o desfile Tonho, que também preside a entidade.

O circuito Osmar, mais conhecido como Campo Grande, ainda é o palco principal destas agremiações, contabilizando o contrafluxo - blocos que saem da Castro Alves em direção ao Campo Grande. O circuito Batatinha é o ponto principal da entidades de menor porte e dos afoxés. Por lá pode ser visto trabalho de um ano das comunidades. Já o circuito Dodô vem dando sinais de uma crescente quanto a presença das entidades de matriz africana, abrigando hoje apenas desfiles do Filhos de Gandhy, Cortejo Afro e Olodum.

Carnaval Ouro Negro – O Governo do Estado segue fortalecendo o carnaval dos blocos de matrizes africanas através do edital Carnaval Ouro Negro, que completa 13 anos estimulando a participação de agremiações oriundas das diversas comunidades de Salvador, que tem na folia o ápice para as diversas atividades sociais que são desenvolvidas ao longo do ano. Indumentárias, toques percussivos, danças, performances e cantos fazem parte dos espetáculos, que trazem em si a força da ancestralidade e da tradição. 49 blocos, das categorias afro, afoxé, samba e reggae desfilam este ano com o apoio.

Carnaval da Cultura –
Fundamentado nas matrizes que construíram a nossa história, expressadas através das danças e musicalidade dos blocos afro e dos afoxés, na alegria e no gingado do samba, na força e balanço do reggae, que integram o Carnaval Ouro Negro em 2020. Com a diversidade de gerações e de ritmos que ocupam os palcos do Carnaval do Pelô, e que ainda toma conta das ruas mantendo a tradição que une os foliões no Centro Histórico. Por meio destes projetos de grande participação comunitária e popular, o Carnaval da Cultura, que integra o Carnaval da Bahia, do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, dá continuidade às políticas de preservação e democratização na maior folia do mundo, que segue colorida, diversa e com o espírito folião que contagia todo baiano.
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