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30/07/2014 17:20

Rei e líderes religiosos da Nigéria são recebidos em mais um terreiro de Salvador

Alaafin de Oyo.Foto SecomBA


A comitiva formada por cerca de 20 nigerianos, entre eles o rei da cidade de Oyo, que tem o título de Alaafin Oyo, foi recebida com discurso, apresentação musical e honras no terreiro Ilê Àse Opo Àfonjá (Ilê Axé Opô Afonjá), no bairro do Cabula em Salvador, na manhã desta quarta-feira (30). A visita faz parte da programação do I Seminário Internacional para Preservação do Patrimônio Cultural Compartilhado entre o Brasil e a Nigéria, que começou na segunda (28) e prossegue até esta quinta-feira (31).

A cerimônia religiosa no templo baiano, presidida pela Iyalorixá Mãe Stella de Oxossi, ainda teve a apresentação do grupo de dança nigeriano que acompanha o rei e a primeira-dama, e do grupo da terceira idade do terreiro. O líder africano presenteou Mãe Stella com um colar sagrado do reino de Oyo, uma indumentária típica do festival de Xangô, realizado no mês de agosto, e com uma cabaça com alimentos sagrados, para dar proteção e poder à baiana. Para a Iyalorixá, o encontro com o rei, que é considerado descendente direto de Xangô, foi uma honra. "É com muita alegria que o recebo no Ilê Axé Opô Afonjá, numa prova de que estamos unidos, pela nossa crença, todos, numa única casa".

O rei ainda visitou as instalações do terreiro, como as casas de alguns orixás, o espaço de veneração aos ancestrais (Ilê Ibó Aku) e o museu também chamado de "Casa das Coisas Antigas", que fica no terreiro e é mantido pela comunidade local.

Preservação da tradição africana

A visita e o seminário internacional foram organizados por cinco terreiros baianos que deram origem ao candomblé nagô na Bahia e são tombados como patrimônio nacional do Brasil. O objetivo dos encontros é reforçar a preservação da cultura e tradição africana no estado e ainda incentivar o governo nigeriano a adotar políticas públicas de proteção desses espaços, assim como já é feita no estado.

Na Bahia, o Governo do Estado apoia a preservação da tradição material e imaterial das religiões de matrizes africanas e já são 18 terreiros reconhecidos como patrimônio nacional e estadual em cidades da Região Metropolitana de Salvador e no Recôncavo Baiano.

Fonte: Secom/BA
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