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30/08/2017 10:20

Afoxé Filhos de Gandhy abre projeto Concha Negra

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Uma grande celebração à música afro-baiana na Concha Acústica do Complexo do Teatro Castro Alves (TCA), maior equipamento cultural da Bahia, tem início no próximo domingo, 3 de setembro, o projeto Concha Negra, que permanece na programação mensal do espaço até fevereiro, com apresentações de seis blocos afro convidados. A primeira noite será encantada pelo espetáculo do Afoxé Filhos de Gandhy. O show acontece às 18h, com ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), já à venda na bilheteria e postos de venda do TCA.

Nesta primeira edição, o espetáculo, com direção artística de Elísio Lopes Jr e participação especial de Carlinhos Brown.

Com uma história que perpassa as décadas, o Afoxé Filhos de Gandhy foi fundado em 1949, por um grupo de estivadores do porto de Salvador. Desde então, o Afoxé, pioneiro da paz e com estilo próprio, não parou de crescer. Nos primeiros anos, saiu cantando marchinhas até se dedicar especialmente ao ijexá, inclusive compondo suas próprias canções. Nas ruas de Salvador no carnaval, o Gandhy cultua a nação Ijexá, impregnando a avenida com seu ritmo peculiar e cadenciado, perfumando as ruas com sua alfazema e formando o imenso tapete branco que simboliza a bandeira da paz.

A Associação Cultural, Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy tem hoje sua sede localizada no Pelourinho, doada pelo Governo do Estado em 1983, onde funcionam, o ano inteiro, a administração e a quadra de ensaios, buscando na sua pluralidade sociocultural desenvolver atividades que, através do entretenimento e do respeito pela tradição, preguem a paz e abriguem pessoas de todos os credos, condições sociais e etnias.

CONCHA NEGRA – Iniciativa do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), através do próprio TCA e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), e em alinhamento com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), o Concha Negra se compromete a fomentar a diversidade que tanto identifica a Bahia, suas tradições e patrimônios culturais. O incentivo a mais um canal de visibilidade e acesso à música afro-baiana se alinha a políticas que reconhecem a cidadania cultural e a afirmação de identidades, combatendo preconceitos e valorizando a expressão das variadas manifestações humanas.

Nos próximos meses, o Concha Negra continua a trazer entidades de consistente reconhecimento para ocupar o espaço e enegrecer a programação. No dia 8 de outubro, o bloco Afro Muzenza explode o reggae com sua banda percussiva que varia em ritmos que fundem elementos do suingue afro-baiano ao reggae jamaicano, criando o samba-reggae. O afro pioneiro Ilê Aiyê é o anfitrião do projeto no dia 19 de novembro, com seu espetáculo rítmico-musical e plástico que permeia a ancestralidade africana e o caráter universal da questão negra. Em 17 de dezembro será a vez do Cortejo Afro, com uma batida percussiva que se diferencia das demais por apresentar uma mistura de ritmos africanos mesclados às batidas eletrônicas e ao pop, intitulada de “revolução musical afro-baiana”. No dia 7 de janeiro, o Olodum, um dos maiores representantes da cultura baiana e afro-brasileira por todo o mundo, leva as suas batidas percussivas para a primeira edição do projeto em 2018. Já no dia 4 de fevereiro, o Malê Debalê, que teve sua criação inspirada na população descendente dos Malês, povo de origem africana de religião muçulmana que lutou na Revolta dos Malês contra o sistema escravocrata brasileiro, vem da comunidade de Itapuã para ocupar a Concha Acústica.


SERVIÇO

Concha Negra: Filhos de Gandhy

Quando: 3 de setembro (domingo), 18h

Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Quanto:

Arquibancada: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
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