Centro de Culturas Populares e Identitárias abre temporada junina com tríduo de Santo Antônio, no Pelourinho

O Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) abriu os festejos juninos, em sua sede no Pelourinho, na quarta-feira (08), com o início do tríduo de Santo Antônio. Com o tema “Santo Antônio nos dê luz”,o CCPI trouxe o santo casamenteiro e um dos mais populares no Nordeste sobre um altar suspenso, rodeado de velas, luzes e flores.

A tradicional trezena de Santo Antônio, composta pelas rezas em louvor ao santo nos treze dias que antecedem a sua festa, comemorada em 13 de junho, pode também, pela tradição católica, ser convertida em um tríduo, ou seja, três dias de orações. Com a mesma fé e devoção, a diretora do CCPI, Verônica Nonato, garante que o tríduo é tão poderoso quanto à trezena.

Foto: Lucas Rosário

“Embora encurtada, a reza continua com o mesmo poder, pois Santo Antônio é um santo poderoso, do qual sou devota, e ele inaugura as tradições juninas que são tão fortes no Nordeste”, disse Verônica, destacando como missão e desafio do CCPI “manter acesa a chama das culturas populares”.

O altar de Santo Antônio montado na sala de entrada da sede do CCPI foi um presente do artista Joaquim Assis, que também é responsável pela entonação dos cânticos e os chamamentos das rezas. Geralmente arrumado sobre mesas e aparadores, o altar este ano foi elevado, como se o santo pairasse no céu iluminado de uma noite estrelada de junho.

Joaquim também coordena o Centro Cultural dos Idosos, que reúne cerca de 35 idosas para atividades todas as quartas-feiras. E elas marcaram presença no tríduo, participando das rezas, entoando os cantos e fazendo os seus pedidos.

Outra novidade do tríduo do CCPI é a presença de tambores para acompanhamento rítmico dos cânticos. “A gente traz a comemoração junina incorporando elementos do nosso entorno, como o som do tambor tão presente no Pelourinho”, explicou Verônica. Além dos tambores, marcou presença também a sanfona, instrumento característico e tradicional das festas de junho.

Ao final da reza, como manda a tradição, o CCPI acolhe os participantes oferecendo os tradicionais quitutes juninos como os bolos de milho e carimã, e os mingaus de milho e tapioca.